sexta-feira, 20 de maio de 2011

Esquecimentos

Nós, seres humanos, embora inteligentes, temos grande tendência a esquecer da informação que, mesmo correta, não está sendo utilizada no nosso dia a dia.
Eu, por exemplo, por muito tempo lutei por melhorar minha vida, pois a forma como estava vivendo me incomodava muito. Nessa tentativa de mudança, acabei por aprender coisas ótimas, aprendendo a ser feliz em circunstâncias desfavoráveis, aprendendo a enfrentar certos medos, aprendendo a virar o jogo, quando as coisas não iam bem pra mim, tanto em meu mundo interior, quanto no que ia a minha volta...
Tanto minha vida mudou que eu acabei num estado de felicidade cômoda, entre outras razões, porque encontrei um namorado maravilhoso, com quem passei imediatamente a partilhar minha vida. 3 anos se passaram, com aquela doce celeridade dos tempos felizes, mesmo com os naturais tropeços dos namoros longos.
Hoje, enxergo que esse estado de entrega fez estragos: esqueci, enferrujei minhas ferramentas antigas, pensando que essa relação  não necessitava de manutenção e suspendia também a necessidade de revisões periódicas das coisas que compõem minha felicidade.
Agora tenho novas tarefas pessoais pela frente: quero lembrar, ou reaprender, como ser aquela pessoa feliz e esforçada que eu fui, quero redescobrir o meu próprio entusiasmo, tanta coisa...